Nota: 6,0
Daniel Hetzel
Peça fala da relação entre criminoso, psiquiatra e mãe da vítima
Contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, Anatomia Frozen, da Cia. Paulista Razões Inversas, os mesmos do premiado espetáculo Agreste, está de passagem por Natal para apresentação única nesta terça-feira dia 20 de abril, a partir das 20h, na Casa da Ribeira. A entrada custa R$ 10 inteira e R$ 5 estudante.
A peça, uma adaptação de Frozen, texto da autora inglesa Bryony Lavery, apresenta ao público o funcionamento de uma mente criminosa por meio das três figuras que compõe o espetáculo: um pedófilo e assassino em série, uma psiquiatra e a mãe de uma das vítimas. E é o desaparecimento da garota Nina que coloca em foco a vida dos três personagens, dissecados pela encenação em um ambiente asséptico, cirúrgico, no qual pode-se observar a anatomia da violência e da psicopatia social. No palco Paulo Marcello e Joca Andreazza vivem o drama que envolve esse tipo de crime. Responsável pela encenação está o premiado Marcio Aurelio.
Anatomia Frozen estreou em 11/06/2009 dentro do projeto Vitrine Cultural e cumpre temporada regular em São Paulo , alcançando o reconhecimento por parte da crítica especializada, prêmios e o sucesso de público.
Serviço
Cia. Razões Inversas no espetáculo Anatomia Frozen
Terça, 20/04 às 20h na Casa da Ribeira
Entrada R$ 10 inteira e R$ 5 estudante
Classificação: 14 anos
Infos.: 8868 7137
Ficha Técnica
Texto Bryony Lavery
Encenação Marcio Aurélio
Com Joça Andreazza e Paulo Marcello
Tradução Rachel Ripani
Adaptação Cia. Razões Inversas
Assistente de direção Lígia Pereira
Iluminação, cenário e trilha sonora Marcio Aurélio
Voz off Odilon Wagner
Operação de som e luz André Leme
Projeto Gráfico Pedro Penafiel
Consultoria de Psiquiatria Drª Paula Orsi
Cabelo Narciso RodriguesFotos Tati Cardoso
Produção Executiva Odara Carvalho
Produção local Cristina Simon e Luciano Dantas
Iniciativa Rachel Ripani
Realização Razões Inversas Marketing Cultural em associação a Rachel Ripani Produções
Prêmios
Prêmio APCA – melhor diretor
Prêmio CPT –melhor elenco
Indicado Prêmio Shell – melhor diretor
Indicado Prêmio CPT – melhor diretor
'Tem Juízo mas não usa' – O cantor e compositor Lula Queiroga é reconhecido pela crítica especializada como um dos mais inovadores artistas da música brasileira atual. No show de sexta-feira, o artista vai fazer um passeio pela carreira, além de apresentar as composições do seu terceiro álbum solo, intitulado 'Tem juízo mas não usa' lançado em abril de 2009. Queiroga segue conquistando público e crítica com sua ousada mistura de ritmos modernos e tradicionais, a exemplo do rock, samba, ciranda e programações eletrônicas. Esse terceiro álbum solo tem produção de Lula e Yuri Queiroga, lembrando que a dupla, ao lado de Tostão Queiroga (irmão de Lula, baterista e produtor), conquistou o Grammy Latino 2008 com a produção do álbum 'Qual o assunto que mais lhe interessa', de Elba Ramalho.
Sobre o músico - Lula Queiroga declara-se um artista independente, livre de pressão mercadológica o que lhe possibilita lapidar sua obra e elaborar o que gosta de chamar de 'paisagens sonoras'. Suas contribuições à música não param, principalmente nas vozes de outros artistas como Lenine, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Ana Carolina, Pedro Luís e a 'Parede' e Roberta Sá.
Em 1983, através de uma parceria dele com Lenine lançam 'Baque Solto', o álbum de estreia de ambos e um dos primeiros registros de tentativa de unir rock e música nordestina. Com o primeiro disco solo, 'Aboiando a Vaca Mecânica' (2001), o artista recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de "Melhor Compositor Popular" e o "Prêmio Globonews de Disco" do Ano. O segundo álbum, 'Azul Invisível Vermelho Cruel' (2004), rendeu o prêmio Unesco de Fomento às Artes, no V Mercado Cultural de Salvador, segmento música. Este mesmo álbum foi incluído na lista do crítico francês Jacques Denis entre os 10 melhores discos do mundo produzidos naquele ano.
Atração local - Outra grande atração da segunda edição do projeto 'Som das 6', é a banda de hard rock progressivo 'Anonimato'. Formada em João Pessoa pelos músicos Emanuel Américo (vocal e guitarra), André Fêlgorrêia (guitarra), Danilo de Oliveira (baixo) e Carlos Vidal (Bateria), a 'Anonimato' surgiu em janeiro de 2006 e apesar do pouco tempo de trajetória, já é considerada uma das principais bandas de rock autoral da cena local.
No show a banda faz um pré-lançamento do primeiro CD, intitulado 'Mundo Obscuro', embalando o público com composições como 'No Quarto', 'Enigma' e 'Mundo Obscuro'.
O músico Emanuel Américo fala da sua expectativa em participar do 'Som das 6'. "Participar deste novo projeto desenvolvido pela Funjope, que é o Som das 6, é de grande importância para a banda, uma vez que além de divulgar seu trabalho para o público local, o grupo estará dividindo o palco nesta noite, com um grande nome da cena musical brasileira, que é o músico Lula Queiroga".
Alicia Truffaut
O país terá em abril a última chance de ver ao vivo o Simply Red.
A banda inglesa, que já vendeu mais de 50 milhões de cópias no mundo em 26 anos de carreira, apresenta a “Farewell Tour” em quatro capitais brasileiras.
Com realização da TIME FOR FUN, os shows ocorrem em Recife (16/04, no Chevrolet Hall), São Paulo (20/04, no Credicard Hall), Belo Horizonte (21/04, no Chevrolet Hall), Rio de Janeiro (23/04, no Citibank Hall/RJ) e prometem grandes sucessos, como “Stars”, “Holding Back the Years”, “If You Don´t Know Me By Now” e “For You Babies”.
A primeira visita do Simply Red na América Latina ocorreu em 1988, no festival Hollywood Rock (São Paulo). Em 1993, a banda retornou ao país para se apresentar na quarta edição do mesmo festival. A recepção dos brasileiros fez com que o Simply Red retornasse em diversas outras oportunidades, sendo a última em março de 2009. “Eu amo a energia da América Latina, as pessoas são muito receptivas e a conexão que sinto com o público é inacreditável. Foi lá que fiz alguns dos shows com maior público, fiz videoclipes e até passei férias. Sempre será uma região muito especial pra mim. Eu olho pra toda a nossa história, para esses shows e vejo uma oportunidade de dizer adeus para nossos fãs da América Latina – que sempre nos apoiaram”, afirma o vocalista Mick Hucknall.
Integrantes do Simply Red
Mick Hucknall – vocais
Ian Kirkham – teclados e saxophone
Kenji Suzuki – guitarra
Dave Clayton – teclados
Pete Lewinson – bateria
Steve Lewinson – baixo
Kevin Robinson – trompete e flauta
Sarah Brown – backing vocal
Dee Johnson – backing vocal
1985 – Picture Book
1987 – Men and Women
1989 – A New Flame
1991 – Stars
1995 – Life
1996 – Greatest Hits
1998 – Blue
1999 – Love and the Russian Winter
2000 – It´s Only Love
2003 – Home
2005 – Simplified
2007 – Stay
2008 – The Greatest Hits 25
Sobre Simply Red
Mick Hucknall comemorou 25 anos da fundação do Simply Red em 2009. A banda surgiu em Manchester em 1984 após a era punk e estourou depois de um ano nas paradas inglesas. A formação original da banda era composta por Mick Hucknall (vocais), Tony Bowers (Baixo), Chris Joyce (bateria), Dave Fryman (guitarra), Fritz McIntyre (teclado e vocais) e Tim Kellet (trompa). Os seis músicos se tornaram populares na noite inglesa e chamaram a atenção de olheiros de gravadoras que buscavam novos talentos. Os executivos britânicos do selo americano Elektra foram persistentes e o Simply Red assinou acordo com uma grande gravadora. Depois de seis meses, a banda estava em estúdio com o produtor americano Stewart Levine.
Nesse ponto, a banda teve sua primeira mudança na formação. Sylvan Richardson substituiu o guitarrista Dave Fryman durante a produção do primeiro álbum do Simply Red, o “Picture Book” (1985). A música “Money’s Too Tight (Too Mention)” atingiu o segundo lugar no TOP 20. Enquanto outras quatro faixas emplacaram no ranking inglês em colocações de menor destaque, o álbum “Picture Book” entrou no Top 20 americano e o single “Holding Back The Years” atingiu o topo das paradas americanas em julho de 1986. A canção também foi relançada no Reino Unido e chegou ao segundo lugar das paradas – seis meses antes, obteve a 51° posição.
O segundo álbum da banda, “Men And Women” (1987) foi produzido por Alex Sadkin. A banda também recebeu dois novos integrantes: o trompista Ian Kirkham e a cantora Janette Sewell. Um novo time de compositores também surgiu quando Hucknall passou a dividir os créditos das canções com Lamont Dozier, uma das lendas da Motown. Hucknall também interpretou clássicos de Cole Porter (Ev’ry Time We Say Goodbye) e de Bunny Wailer e Sylvester Stewart, lendas do reggae.
Com quatro singles nas paradas, “Men And Women” foi o segundo álbum do Simply Red e também alcançou o segundo lugar nos rankings. A banda fez grandes turnês pelo Reino Unido, Europa e Estados Unidos. O sucesso também levou o grupo a tocar pela primeira vez na Austrália, na Nova Zelândia e no Japão. Em 1987, o Simply Red passou cerca de nove meses em turnê e fez 120 shows.
Em 1989, o álbum “A New Flame” foi lançado com o guitarrista brasileiro Heitor T.P. O terceiro álbum do Simply Red foi o primeiro trabalho a atingir o topo das paradas britânicas. A versão do clássico do soul “If You Don’t Know Me By Now” (Kenny Gamble/Leon Huff) conseguiu a segunda posição. Já nos Estados Unidos, o single atingiu o primeiro lugar. “A New Flame” vendeu mais de um milhão de cópias no Reino Unido e mais 6 milhões em todo o mundo. A banda passou a se apresentar em grandes arenas, incluindo o show realizado para 60 mil pessoas em São Paulo. Entre outubro de 1988 e março de 1990, o Simply Red fez 140 shows em todo o mundo. Na estrada, Hucknall compunha o quarto álbum.
“Stars” (1991) teve oito canções compostas por Hucknall e outras duas por Hucknall e McIntyre (teclado e vocais). O álbum foi produzido novamente por Levine e registrou a entrada do baixista Shaun Ward e do percussionista Gota. “Something Got Me Started”, “Stars” e “For Your Babies” emplacaram no Top 20. O álbum vendeu 700 mil cópias nos Estados Unidos, 4 milhões no Reino Unido e 8 milhões em todo o globo. “Stars” liderou as paradas inglesas de álbuns em cinco ocasiões diferentes, num total de 12 semanas – ficando 134 semanas nos rankings. Ele também foi o álbum mais vendido em 1991 e 1992 no Reino Unido, recebeu o prêmio “Best Álbum” do “BRIT Awards” e do “World Music Awards”. A turnê do disco levou a banda pela primeira vez para países como Israel, Grécia, Singapura – tendo um público de 1,5 milhões de pessoas.
Somente depois de quatro anos, o Simply Red lançaria um novo álbum. Nesse meio tempo, a banda lançou a gravação de sua apresentação no Montreux Jazz Festival em 1992. “Life” (1995) se tornou o terceiro álbum sucessivo do grupo a entrar nas paradas e mostrava uma mudança na formação da banda com a saída de Kellet (trompa) e Ward (baixo), e a participação no estúdio de três estrelas do reggae: Sly Dunbar, Robbie Shakepeare e Bootsy. A música “Fairground” e “We’re In This Together” (canção tema da Eurocopa de 96) figuraram nas paradas inglesas. Para a turnê entre 1995 e 1996, foram chamados o baixista Steve Lewinson e a cantora Sarah Brown.
Apesar da resistência inicial de Hucknall, Simply Red lançou “Greatest Hits” em 1996. A coleção de 15 músicas também trouxe a canção inédita “Angel” com a participação da banda americana “Fugees” e atingiu o Top 5.
A formação do Simply Red estava totalmente modificada no álbum “Blue” (1998) que estourou com singles como “Say You Love Me” e “The Air That I Breathe”. McIntyre (teclado e vocais) e Heitor (guitarras) saíram da banda, Gota co-produziu o álbum com Wright e Hucknall – formando o trio AGM (Andy Right, Gota Yashiki e Mick Hucknall). O Simply Red fez apenas três apresentações em 1998, todas em Londres (Inglaterra). No ano seguinte, a banda fez uma turnê pela África do Sul, pela Europa e pela América Latina.
O álbum “Love and Russian Winter” (1999) foi o último trabalho lançado por meio da gravadora Warner Music e pelo selo East West Records, para o qual a banda mudou em 1991. O trabalho teve duas músicas nas paradas.
Hucknall e seus empresários, Andy Dodd e Ian Grenfell, criaram a marca simplyred.com em 2002. O modelo de negócio gerencia as gravações, turnês e outras atividades de uma banda que coleciona mais de 130 discos de platina e ouro em todo o mundo.
“Home” (2003) foi o primeiro disco lançado pelo simplyred.com e figurou no segundo lugar dos rankings ingleses. “Sunrise” e “You Make Me Feel Brand New” foram dois dos quatro hits que conquistaram lugares nas paradas. O sucesso de “Home” foi tanto que se tornou o álbum independente mais vendido da historia.
Apesar do grande sucesso, Hucknall continuou buscando novos desafios para a banda formada por 11 músicos. Em 2005, o Simply Red lançou “Simplified” – álbum acústico com influências latinas e que utilizou o estúdio da casa de Hucknall. O trabalho gerou uma temporada no Albert Hall, localizado em Londres (Inglaterra), e uma turnê pela Europa. O álbum chegou a figurar no TOP 3 do Reino Unido e a canção “Perfect Love” ficou no TOP 10 Europa. Antes do Simply Red retornar ao estúdio para gravar “Stay” (2007), a banda lançou dois singles “Something Got Me Started” e “A Song For You” – canções que integravam “Simplified”.
O álbum “Stay” (2007) foi lançado e o Simply Red iniciou apresentações pelo Reino Unido, Europa, Austrália e Canadá. O décimo álbum de estúdio teve 10 canções no TOP 10. Entre as canções estão Lady, primeira composição de Hucknall e Jools Holland, e um cover de “Debris”, de Ronnie Lane.
Em 2008, Hucknall faz sua estréia como artista solo com um álbum de tributo a Bobbly Bland, cantor de soul, e fez algumas apresentações intituladas de “Tribute to Bob”. Apesar disso, o vocalista continuava a frente do Simply Red e apresentava-se com a banda pelo Reino Unido e por toda a Europa.
Já o filme "A Estrada" (The Road), estrelado por Viggo Mortensen, o eterno Aragorn da trilogia Senhor dos Anéis, e dirigido por John Hillcoat, é possivelmente uma das maiores decepções recentes do cinema Americano. O filme é uma adaptação ao cinema do premiado romance de Cormac McCarthy (autor dos livros que deram origem a "Espírito Selvagem" e "Onde os fracos não têm vez"), vencedor do prêmio Pulitzer de 2007, maior honraria da literatura após o prêmio Nobel. "A Estrada" representa uma mudança surpreendente na ficção de Cormac McCarthy e talvez seja sua obra-prima. Desnecessário dizer que havia uma enorme expectativa quanto ao filme. Mas, infelizmente, todo o peso dramático existente no livro desaparece do filme.
A profunda relação entre pai e filho vira secundário, num filme que lembra "A vida é bela", por tratar de um tema de tamanha crueza e seriedade como se fosse algo passageiro e passível de eufemismos. Grandes atores, como Robert Duvall, Guy Pearce e a bela Charlize Theron, fazem papéis secundários no filme, mas Duvall é o único que consegue deixar seu brilho por onde passa. Viggo Mortensen parece completamente perdido em seu papel, presumivelmente incapaz de fazer a transposição das características dramáticas de seu personagem do livro para a película.
Obviamente, a direção peca em quase todos os sentidos: falta ritmo, veracidade, congruência à trama. A fotografia, trunfo da maioria dos filmes do gênero, passa despercebida. A esperança, retratada de forma comovente no livro, beira o dramalhão no filme, com frases clichês e piegas. Caso consigam chegar até o final, preparem-se... É quase uma punhalada no coração, de tão inverossímel que é a conclusão...
Daniel Hetzel
O Livro de Eli: 7,0
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Paisagem apocalíptica em "A Estrada"
Carey Mulligan atuando ao lado da consagrada atriz Emma Thompson, definido como um dos pontos mais altos de sua curta carreira
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